sexta-feira, 14 de maio de 2010

Um pouco mais sobre o ANTES - Parte I

Bom, vocês já sabem como foi que cheguei fisicamente até Lisboa. Mas antes, foi assim:

Em 2005 fui para Paris pela primeira vez, a trabalho.
Trabalhava em uma companhia aérea e ia rolar um evento de moda com estilistas brasileiros. Decidiram 2 dias antes que eu ia acompanhá-los, e em tempo recorde e por um milagre consegui emitir um novo passaporte, já que o meu estava vencido.
(Dica: esteja com o passaporte sempre em dia, pois nunca se sabe quando surgirá uma oportunidade!)

Como regra da maioria das empresas, o funcionário precisa pedir com x dias de antecedência um valor adiantado para viagens. Pra mim não deu tempo e embarquei só com alguns euros que tinha. Uma super aventura, que foi mais light graças a minha amiga francesa que me recepcionou no aeroporto e me acompanhou na maioria dos dias. E sinceramente, se ela não estivesse lá, eu estaria até hoje naquele gigante Charles de Gaulle procurando uma saída. Eu não falava nada de francês e nesse dia percebi que eu realmente precisava aprender essa língua mara.
(Obs.: falo com essa minha amiga em português, porque ela tem família da terrinha)

Obviamente me encantei com a cidade e também com o povo. Ao contrário da opinião da maioria, eu acho os franceses simpáticos. Um monsieur até ajudou a carregar minha mega mala pelas escadas do metro! Claro que encontrei um ou outro grosso, mas isso em qualquer lugar.

Nesse primeiro dia saímos para jantar no restaurante mais fofo de Paris (eu amo hipopótamo), e percebi que se eu quisesse ser independente para ingerir alimentos e ainda pedir a carne bem passada, teria que aprender o básico de francês e voltando à São Paulo foi a primeira coisa que fui atrás.

Mas ainda lá, sem saber muito as palavras básicas em francês, um dia a amiga não estava comigo e eu tinha fome. Foi quando encontrei o francês menos simpático, digamos assim. Me arrisquei em comer no lugar mais básico para locais onde não se sabe muita coisa: McDonald's.
Como toda pessoa em viagem a trabalho, o fundamental é pedir as notas fiscais para depois ter o reembolso e a expressão que mais decorei com afinco foi "la facture".
Entrei no Mc com a esperança de poder pedir pelo número, apenas usando a mão, mas quando olho para aqueles quadros, não via números. Era preciso pedir item a item.
Muito tensa e sem me lembrar de palavras educadas como bom dia/boa tarde/por favor/obrigada, eu virei e disse "chesseburguer". O cara já não olhou bem. Eu piorei e disse "french fries". MEU DEUS! FRENCH FRIES na França! Depois vim perceber o porque o atendente me olhava tão raivoso. E água? Eu tava com sede, muitíssimo tensa nesse momento e não lembrava como se dizia água em francês e continuei "water". Ele foi jogando os itens na bandeja e me fuzilando com os olhos, quando eu finalizei com um "la facture".
Até perdi a fome, mas nesse dia percebi que realmente a maioria dos franceses não gosta de falar inglês. Eles preferem que você fale errado o francês ou até mesmo o português... Mas essa "abertura" foi boa pra mim, quando voltei pra lá com o nível básico 2.

Mas, ainda sobre essa viagem, o evento foi em um dos hotéis mais chiques e tradicionais de Paris e todos os dias eu ia andando pro trabalho pela Champs-Élysées - a avenida mais famosa, linda e legal da cidade.
Mas mais encantada com o glamour de tudo isso, eu estava fascinada com a experiência de estar em uma cidade fora do Brasil, e nessa viagem ficou ainda mais forte a vontade de morar fora. Pra ajudar, a amiga francesa sempre chamava para eu ir pra lá, morar com ela uns tempos, etc.

Já tinha ido para o exterior com 14, 15 anos. Fui visitar minha prima na Califórnia (EUA) e também tive vontade de morar lá. Na época, a ideia era fazer faculdade de cinema, mas na altura que eu estava terminando o colegial, o dólar bombou absurdamente e tornou impossível realizar a vontade.

Então essa tinha sido minha segunda viagem para fora, mas um pouco mais madura, graduada e com um certo rumo profissional.

Quando voltei pro Brasil, além de ter me matriculado no francês, comecei a pesquisar sobre escolas, cursos e possíveis cidades onde eu poderia morar.

Continua...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Começando pelo quase-começo

Outro dia (na verdade em dezembro/2009) um colega ia para os Estados Unidos pela primeira vez, com um roteiro mega detalhado. Ele perguntou se eu achava que faltava algum passeio, e eu perguntei se ele já tinha visto o Cirque du Soleil. Ele disse que não, e eu virei e disse "então vá." Ele disse que o budget estava estourado e que não queria incluir mais nada muito caro, e eu falei que o tal espetáculo só ficava em Miami e que ele não teria outra chance para assistir, a não ser que ele voltasse para lá - e vai saber quando isso aconteceria!

Daí me lembrei do mesmo tipo de dúvida que tive nas minhas férias em 2006, que na verdade era mais uma viagem para definir aonde eu iria morar por uns tempos.
Ia passar +- 1 mês em Paris e na segunda semana já não aguentava o frio que fazia... não era inverno, mas eu simplesmente só conseguia me aquecer deitada na cama, com edredom e aquecedor bombando. Então fui conhecer a Espanha por uns dias, como estava mais ou menos planejado (essa viagem entrará como outro capítulo) e voltei para Paris.

Nessa parte, minha mãe estava viajando comigo e sentindo o mesmo frio... Decidimos que no outro dia íamos fazer um bate volta para Londres com o tal do Eurostar, mas tava lotado. Então tentamos Amsterdam (ou Amsterdão como os portugueses falam! rs), mas não achamos nada em conta. Até que, buscando uma cidade que estivesse num clima mais ameno, o amigo Gabriel que morava em Cascais (litoral de Lisboa) contou que estava de bermuda. Eu nunca tinha pensado em ir para Portugal. Nunca. No entanto, naquele dia não estava levando em consideração muitos detalhes, apenas queria andar na rua sem 3 casacos e era para lá que íamos.

O site da TAP já não deixava comprar passagens para o dia seguinte, então de manhãzinha fomos direto para o aeroporto de Orly. Ficamos pesquisando os valores nas companhias áreas que iam para Lisboa, até que a TAP era a menos cara... mas era um valor bem salgado, algo que eu nunca imaginaria gastar num voo dentro da Europa e com tantas opções de cias aéreas low cost!
Aí falei/me justifiquei com minha mãe "quando será que vamos vir pra Europa novamente e ter essa oportunidade?"... "Com certeza o voo de São Paulo para Lisboa é muito mais caro."... "Sabe, dinheiro é pra isso mesmo... Let's go!"

E foi aí que fui pra Lisboa.

Foi aí que eu conheci uma cidade incrível, pela qual me apaixonei e fui viver um dos anos mais felizes da vida!

E é mais ou menos assim que foi o quase-começo dessa experiência.

PS: No fim, o colega foi assistir ao Cirque, amou o espetáculo e não se arrependeu! :)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Please, allow me to introduce myself...

Como o espaço para descrição de minha pessoa é um tanto reduzido, vou começar o blog terminando de contar um pouco mais de mim...

Quando criança, acreditava que os pontinhos pretos do iogurte é que faziam nascer pintas, então os evitava. Sonha em um dia não precisar de meias para esquentar os pés e em ter uma máquina de algodão doce. Não gosta de sushi e de várias outras culinárias e por favor, não insista. Se quiser agradá-la, ofereça-a um simples sorvete. Aliás, não cozinha e nem costura.
Ora lembra-se de detalhes tão pequeno de nós dois, ora não se lembra com quem almoçou naquele mesmo dia.

Teve dente de leite até velha e ficou visivelmente banguela no 2° colegial. Até hoje não sabe dar estrela e nem mentir direito.
Precisa programar a roupa com antecedência e ensaiar reclamações. Assim como não pensar muito e antecipadamente, usar bolsas pequenas é outro desafio.

Gosta de arquitetura, mas prefere decoração (ou design de interiores?). Quando entrou no IKEA pela primeira vez foi tão emocionante quanto na Disney. Ama maquiagem e detesta cortar as unhas. Tem preguiça do cabelo e não sabe fazer trança. Recentemente aprendeu a diferença da marginal tietê para a pinheiros e o próximo desafio é decorar se é a nhambiquaras ou a maracatins que sobe/desce.

Quem a dera fosse um peixe, para numa límpida piscina mergulhar ininterruptamente. Também ama o mar. Aos 14 foi pra Califórnia, parou de beber refrigerante, surfou pela primeira vez e descobriu que não tinha medo de cachorro - que aliás, já tem nome definido para quando vier a existir.

Com 22 conheceu a França, se apaixonou por Paris e aos 24 foi morar em Portugal. E o que aconteceu nesse meio tempo e até hoje, você conhecerá por aqui...

 
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